Projeto Compostagem da Escola Parque
Sociedade Civil Organizada
17/09/2014Sobre o Projeto
Descrição
A dimensão ambiental da educação formal se configura num conjunto rígido de objetivos e princípios com seus próprios conteúdos, práticas e metodologias. Por isso, novas práticas educativas devem ser incluídas no planejamento didático escolar com a finalidade de propor uma nova abordagem. Portanto, é necessário o desenvolvimento de ferramentas didáticas, que promovam a aprendizagem significativa, construtiva, crítica e ambiental. O processo da compostagem em escolas é uma prática que garante melhor destino aos resíduos sólidos orgânicos e reduz o consumo de insumos químicos, pelo uso do adubo proveniente deste processo. Neste contexto, nosso objetivo foi avaliar a efetividade do modelo de compostagem como uma ferramenta didática para a aprendizagem de conteúdos do Curso de Jardinagem, voltados para questões ambientais. O estudo foi realizado no Núcleo de Jardinagem da Escola Parque – CECR, localizada no bairro da Caixa D’água, Salvador – BA.
O que motivou a iniciativa
Os principais problemas no cultivo de plantas em áreas verdes urbanas estão relacionados a condição dos solos e uso de insumos químicos na produção de alimentos. Em ambientes escolares, ainda podemos perceber uma grande iniciativa, principalmente, nas escolas de jardinagem. No entanto, há um grande problema relacionado com a falta de recursos didáticos que facilitem os processos de ensino e aprendizagem, o que exige dos professores um certo empenho em desenvolver suas ferramentas para as práticas propostas.O composto representa um excelente instrumento didático a ser incrementado no programa das escolas, afim de tratar os diversos temas relacionados com o ensino de Ciências, Meio Ambiente e Biologia, tais como: uso de agroquímicos, destinação do lixo, ciclos biogeoquímicos, reciclagem de nutrientes, princípios ecológicos, solos, dentre outros.
Principais resultados
O fornecimento de matéria orgânica úmida atingiu uma média de 13,9Kg por semana. Em média, 36,5Kg de matéria úmida foram adicionados em cada pilha. Um total de 10 valores de temperatura foi obtido ao longo de 47 dias, período inerente à fase termofílica da compostagem. Um total de 77 dias foram necessários para todo o processo de compostagem dar-se por completo. Foram produzidos, em média, 57 Kg de composto orgânico a partir de uma única pilha de compostagem. Foram construídas 8 pilhas ao longo do ano de 2012, o que nos garantiu um consumo de 219 Kg de matéria orgânica úmida e produção de 342 Kg de composto orgânico neste ano. Em 2013, montamos o mesmo número de pilhas que no ano anterior, o que nos aponta para uma produção de cerca de 700 Kg em dois anos.
Desafios Enfretados
A instituição é uma grande produtora de matéria orgânica seca, gerada pela grande quantidade de folhas provenientes das árvores existentes e das podas realizadas na manutenção de seus jardins. Já a matéria orgânica úmida, importante no processo da decomposição, também é produzida em grande quantidade pelo refeitório da Escola. Portanto, é uma grande desafio elaborar um modelo de compostagem que seja eficiente no tratamento de toda a demanda de resíduos orgânicos produzidos na escola.
Lições aprendidas
Recomendamos este trabalho às demais escolas públicas que produzem certa quantidade de resíduos orgânicos, desde que o modelo seja adequado ao contexto da escola em questão.
